Interessante
Recentemente,
no encontro anual da Sociedade Internacional para a Tecnologia na
Educação (ISTE 2012), um dos palestrantes principais, Marc Prensky,
sacudiu um auditório com milhares de educadores com uma palestra, no
mínimo, provocativa.
Em seus slides, incluiu uma série de
depoimentos de alunos do ensino fundamental e médio, em que colocavam
suas expectativas em relação à escola e a seus professores.
Transcrevo a seguir algumas dessas passagens, reunindo-as em um só discurso, para compor nossa atividade:
“Pela primeira vez na História, não estamos mais limitados pela
habilidade e conhecimento de nossos professores. Tristemente, vocês,
responsáveis pela política na Educação, estão nos limitando. Então,
pedimos: libertem-nos, fornecendo as ferramentas de que precisamos!
Nossos professores podem prover melhor compreensão para alguns
conteúdos, mas não as habilidades do século 21. Simplesmente porque eles
não as têm. Mesmo que vocês os recapacitem, ele não as terão. Por que? Porque nós somos nativos digitais.
• 10,000 horas de Vídeo Games
• 250,000 emails
• 10,000 horas em telefones celulares
• 20,000 horas de TV (incluindo MTV)
• 500,000 comerciais
• 2 bilhões de toques de celular por ano
• 2 bilhões de músicas + filmes por mês
• 3 bilhões de mensagens de texto por dia
Nossos professores, no entanto, são, em sua maioria, imigrantes
digitais. A maior parte deles não entende as novas tecnologias ou mesmo
essa linguagem. Para nós, eles têm sotaque de imigrantes digitais. Boas
ferramentas nos tornam mais potentes como aprendizes. Nos tornamos mais
potentes por meio de nossos interesses. O que colocamos na internet é
muito mais importante para nós do que o que obtemos dela. Nós produzimos
tanto quanto consumimos – talvez mais. Se nós não fizermos, nós mesmos,
não tem graça. Dêem-nos as ferramentas que nos tornarão potentes.
Ajudem-nos a tirar proveito dos computadores que já temos... em nossos
bolsos! Não tentem banir nossos telefones celulares! Façam deles
ferramentas de aprendizagem.
Celulares são:
• Colocados sempre em nossos bolsos;
• Poderosos sem serem caros
• Dispositivos primariamente de comunicação
• Totalmente equipados (câmeras, GPS, internet)
• Fáceis de se baixar conteúdo
• Abertos a entrada e saída de dados exteriores
O que falta nos celulares?
• Imaginação da parte de nossos professores e financiamento da parte dos responsáveis pela política na Educação.”
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